Em 28/11/2011 apareceu o primeiro sintoma da síndrome
de West e Vinicius começou a ter as crises convulsivas, inicialmente achávamos
que era susto, porque ele dava um pulinho, flexionava as pernas, esticava os
braços e a única coisa diferente é que virava os olhinhos. Fizemos tudo o que
nos ensinavam para susto, mas nada adiantava. Assim começou a aumentar as
crises. Até que um dia fui tirar uma foto dele e naquele momento ele teve uma
convulsão, acho que foi Deus que me iluminou e comecei filmar.
Três dias depois da primeira crise o levamos na
Bambini Clínica Pediátrica (somente para tirar o peso da consciência, pois
sempre achamos que com a gente não acontece), e mostramos a filmagem ao médico
de plantão que comentou que poderia ser do refluxo ou alguma coisa na cabeça.
Ele nos pediu para agendar uma consulta com o neuropediatra e trocou o leite e
a medicação do refluxo. Avisou-nos que iria demorar a conseguir a consulta com
o neuro e pediu para aguardarmos a medição fazer efeito e caso ele não
melhorasse em 4 dias com a troca do medicamento deveríamos ir ao pronto socorro
da Unimed. Já no caminho para casa liguei para marcar a consulta com o neuro,
mas consegui somente para 19/04/12 (quase 5 meses), porém, as crises do Vini
diminuíram então, estávamos certos de que era do refluxo.
No dia 13/12/11 levamos Vini na consulta de rotina ao
pediatra e como fiquei com uma “pulguinha atrás da orelha” mostrei a filmagem,
ele olhou várias vezes e percebi que ficou preocupado quando comentei que havia
conseguido marcar a consulta somente para abr/12. Ele me pediu para enviar a
filmagem para o seu e-mail e se caso desse mais uma vez era para leva-lo ao
pronto socorro que eles chamariam o neuropediatra. Também solicitou um
eletroencefalograma para tirar qualquer suspeita, mas como era próximo do natal
consegui somente para a sexta, 23/12/11 às 16h.
No dia seguinte, por volta das 13h30min, o Vinicius
teve mais uma crise e desta vez, foram 10 espasmos consecutivos, eu me
desesperei, porque achávamos que tinha passado. Quando o meu marido chegou do
trabalho às 14h30min, já estava pronta para levá-lo à Unimed. Quando chegamos
lá a médica de plantão o examinou e olhou a filmagem e me disse que não era
nada, então insisti e comentei que já havia levado ele ao plantão da Bambini e
o médico tinha encaminhado para o neuro (eu tinha uma cópia da carta) e também falei
do pediatra dele que solicitou o eletroencefalograma e me pediu para procurar o
pronto atendimento com urgência caso voltasse a acontecer. A médica não gostou
muito, mas me disse que poderia colocar em observação, e que o neuro iria
chegar somente a noite e eu teria que aguardar. Nesse tempo ela solicitou
alguns exames de sangue, mas não apareceu nada. Sem problemas aguardei e por
volta das 22h veio o neurologista adulto informando que o neuropediatra iria
vê-lo somente no dia seguinte, mas que por telefone solicitou a internação dele
para fazer o eletroencefalograma (EEG) e a ressonância. Liguei para o meu
marido que estava lá fora esperando com o meu filho Gabriel para irem para casa
que ele iria fazer exames no dia seguinte.
“Nunca diga a Deus que você tem um
grande problema,
diga ao problema que você tem um grande DEUS.”
diga ao problema que você tem um grande DEUS.”